segunda-feira, 12 de agosto de 2013

A gasolina no Brasil e no Mundo

     

     O Brasil de norte a sul tem um transporte público de ruim para péssima qualidade, fazendo com que as pessoas precisem usar seus próprios carros. Isso aumenta os congestionamentos, o custo do transporte, e conseqüentemente, o preço do combustível aumenta para que  o consumo diminua.
     A reservas provadas de petróleo no Brasil subiram para 15,3 bilhões de barris em 2012, representando quase 1 por cento do total no planeta, não computados os dados sobre o pré-sal.
     As reservas recuperáveis do pré-sal brasileiro podem chegar a 35 bilhões de barris de óleo equivalente.  As descobertas do pré-sal já avaliadas sugerem que temos um volume de óleo recuperável que é mais que duas vezes as reservas provadas brasileiras.
     Há sete anos, nosso então presidente afirmou que pela primeira vez na história o Brasil havia alcançado a auto-suficiência na produção de petróleo, fato este que foi amplamente divulgado com fotos suas em uma plataforma em alto mar com as mãos sujas de petróleo.
     O governo brasileiro e a Petrobrás se vangloriam de estar batendo constantemente recordes de produção, e de o país ser auto-suficiente na produção de petróleo. Mas o que vemos é que mensalmente mais e mais barris de petróleo e gasolina são importados, em volumes cada vez maiores, e lemos que gasolina brasileira é exportada, e os preços internos não param de subir.
     Dessa época até os dias de hoje, a Petrobrás vem produzindo cada vez menos petróleo, mesmo alardeando que tem encontrado cada vez mais novos poços.
     Você sabia que no ano de 2012 o Brasil importou 15 bilhões em derivados de petróleo, e que nesses sete anos a balança comercial do petróleo teve um déficit de R$ 57 bilhões, valor este superior aos R$ 50 bilhões que o governo pretende investir este ano em infra-estrutura?
Em 2013, a produção da Petrobrás vem caindo, em janeiro 3,3% e em fevereiro, 2,25%.
Investimentos sem planejamento

Caso 1 – Em 2006 uma empresa  belga comprou uma falida refinaria no Texas por US$ 42 milhões. Poucos meses depois essa empresa vendeu a refinaria por US$ 1,2 bilhão para a nossa Petrobrás. Passado pouco tempo foi descoberto o mau negócio. Com a avaliação efetuada foi constatado que vale menos de US$ 100 milhões. Foi então colocada à venda. O Tribunal de Contas da União resolveu investigar a estranha negociação que gerou um prejuízo de mais de US$ 1 bilhão. A Petrobrás suspendeu a venda, e em seu balanço do ano passado consta mais de R$ 450 milhões de despesas com a refinaria.
Caso 2 – O antecessor de Dilma selou acordo com o estadista Chaves da Venezuela, para a construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Ambos calcularam o desembolso da Petrobrás em R$ 5 bilhões. O último relatório da Petrobrás aponta um custo de R$ 35 bilhões, sem ter recebido nenhum centavo da parceria com os venezuelanos.
     De 1980 a 2004, o barril do petróleo era negociado a US$ 40. De 2004 a 2009 a US$ 70 e hoje essa cotação está na casa dos US$ 90. Com as reservas mundiais aumentando, essa cotação está caindo. Mas a extração do petróleo do pré-sal custa em torno de US$ 50 a US$ 70 o barril. Assim, se a cotação do petróleo cair, em breve estaremos com mais um aumento no preço dos combustíveis.
     Levantamento efetuado pela Bloomberg em 60 países mostra que a parcela da renda diária do brasileiro para comprar 1 litro de gasolina é a 15ª maior. No segundo trimestre deste ano, o preço do litro no país era de cerca de R$ 3,30, o que equivale a 4,88% do que o brasileiro ganha em média por dia. O ranking é liderado pela Índia, onde o gasto médio com um litro de gasolina chega a 30,69% do salário diário.
     O valor cobrado dos brasileiros é apenas o 36º do ranking dos 60 pesquisados, liderado pela Turquia com o valor de R$ 5,30 o litro.
     Ainda segundo a Bloomberg a classificação é resultado dos baixos rendimentos e da infraestrutura limitada do país.
     Mas o preço da gasolina no Brasil é mais caro por causa da carga tributária. No preço total da gasolina distribuída pela Petrobrás, 35% é a realização da Petrobrás, 7% é a parcela da CIDE, PIS/PASEP e COFINS, 28% ICMS, 12% Custo Etanol Anidro misturado a gasolina e 18% fatia da Distribuição e da Revenda.
     No 2º trimestre de 2013, a gasolina no Brasil teve uma alta de 15%, a maior variação entre os 60 países pesquisados pela Bloomberg.
     O Brasil investe pesado na produção de petróleo, mas não investe em refinarias, estando as mesmas em nível de sucateamento e sem condições de atender a demanda interna, fazendo com que tenhamos que importar gasolina.
     A Venezuela tem o preço do litro mais barato do mundo, ocasionado pelo elevado subsídio.
Veja na tabela abaixo o preço médio cobrado em alguns países:
País
Valor em R$
Valor em moeda local
País
Valor em R$
Valor em moeda local
Venezuela
R$ 0,02
Bolivar 24,24
Nova Zelândia
R$ 3,55
Dólar 2,03
Arábia Saudita
R$ 0,24
Rial 0,4
Polônia
R$ 3,55
Zloti 4,98
Kuait
R$ 0,42
Dinar 0,05
Luxemburgo
R$ 3,55
Euro1,22
Egito
R$ 0,55
Libra 1,71
Coréia do Sul
R$ 3,59
Won 1809,48
Emirados Árabes Unidos
R$ 0,94
Dirham 0,94
Lituânia
R$ 3,68
Litas 4,37
Irã
R$ 1,15
Rial 1,52
Chipre
R$ 3,68
Libra 0,73
Nigéria
R$ 1,23
Naira 87,67
República Checa
R$ 3,69
Coroa 32,95
Malásia
R$ 1,23
Ringgit 1,73
Áustria
R$ 3,76
Euro 1,29
México
R$ 1,80
Peso 10,36
Espanha
R$ 3,77
Euro 1,30
EUA
R$ 1,87
Dolar 0,83
Hungria
R$ 3,80
Forint 386,18
Rússia
R$ 1,91
Rublo 28,12
Suíça
R$ 3,85
Franco 1,64
Indonésia
R$ 2,03
Rupia 8903,51
Eslováquia
R$ 3,95
Coroa 40,48
Paquistão
R$ 2,10
Rupia 92,67
Malta
R$ 3,95
Lira 1,51
Canadá
R$ 2,45
Dolar 1,14
Eslovênia
R$ 3,96
Tolar 322,79
Tailândia
R$ 2,48
Baht 34,21
Israel
R$ 4,17
Shekel 6,73
China
R$ 2,52
Yuan 6,82
Dinamarca
R$ 4,21
Coroa 10,8
Colômbia
R$ 2,56
Peso 2176,87
Reino Unido
R$ 4,24
Libra 1,26
Filipinas
R$ 2,51
Peso 49,64
Irlanda
R$ 4,24
Euro 1,46
Índia
R$ 2,69
Rupia 71,70
Alemanha
R$ 4,29
Euro 1,48
Argentina
R$ 2,77
Peso 6,61
Finlândia
R$ 4,32
Euro 1,49
África do Sul
R$ 2,85
Rand 12,81
Bélgica
R$ 4,35
Euro 1,50
Austrália
R$ 3,11
D—lar 1,51
Hong Kong
R$ 4,36
Dólar 14,93
Japão
R$ 3,23
Iêne 143,94
Portugal
R$ 4,45
Euro 1,53
Cingapura
R$ 3,30
Dólar 1,87
Grécia
R$ 4,45
Euro 1,53
Brasil
R$ 3,30
Suécia
R$ 4,46
Coroa 13,42
Romênia
R$ 3,44
Lei 5,26
França
R$ 4,52
Euro 1,56
Bulgária
R$ 3,44
Lev 2,32
Itália
R$ 4,73
Euro 1,63
Chile
R$ 3,46
Peso 774,4
Holanda
R$ 4,75
Euro 1,63
Estônia
R$ 3,46
Coroa 24,08
Noruega
R$ 5,29
Coroa 14,63
Letônia
R$ 3,52
Lats 0,85
Turquia
R$ 5,30
Nova Lira 4,60


quarta-feira, 3 de abril de 2013

Seja o líder que toda equipe gostaria de ter

     Promover um indivíduo a uma posição de comando e esperar retorno de curto prazo faz parte de uma mentalidade mais extrativista do que cultivadora. Se as empresas compreendessem a importância dos líderes na formação de equipes e para o alcance dos objetivos organizacionais, investiriam muito mais no recrutamento, seleção, integração, formação e motivação deles. Não é de se admirar que temos tantos chefes voltados para a manutenção dos seus empregos e tão poucos líderes voltados para resultados.      A sociedade evoluiu e está mais escolada e democratizada. O capataz de ontem, que comandava a “peonada”, não serve mais. A posição de comando está mais complexa e sofisticada. Requer muito mais do que uma motivação acima da média. Exige uma visão sistêmica orientada para resultados.
     Para compreendermos a evolução do papel do líder na sociedade atual, vejamos algumas das suas características comportamentais e técnicas de ontem e de hoje.


O líder de ontem era aquele que:
– Exercia poder sobre os subordinados;
– Impunha a sua vontade;
– Procurava manter os subordinados sob dependência constante;
– Colocava a empresa à frente do bem-estar dos seus membros, pois ele se interessava apenas pelos resultados;
– Quando era necessário pressionar, dizia que a decisão fora tomada pelos níveis superiores da organização e que outras opções não eram possíveis;
– Era omisso no desenvolvimento das tarefas;
– Desconhecia a importância de dar feedback;
– Não fornecia os recursos necessários e fazia raros comentários sobre as atividades dos membros do grupo, à medida em que era interrogado.
O líder contemporâneo, antes de tudo, tem a habilidade para influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente, visando atingir os objetivos identificados como sendo para o bem comum. Ele exerce a sua função com criatividade, objetividade e assertividade.

O líder de hoje é aquele que:
– Tem paixão pelo que faz;
– É focado nas pessoas;
– É efetivo na sua comunicação com o grupo;
– É movido a desafios;
– É visionário. Sabe aonde quer chegar;
– Investe no desenvolvimento dos futuros líderes;
– Gerencia com paixão, sentimento e entusiasmo;
– Sabe conquistar a confiança dos liderados;
– Recicla-se constantemente para obter novos conhecimentos e habilidades de liderança;
– Delega responsabilidades de acordo com a competência de seus liderados;
– Tem controle sobre suas atitudes diante de problemas inesperados;
– Mostra com segurança o caminho que sua equipe precisa seguir;
– Cria uma atmosfera de criatividade e produtividade;
– Busca sempre novas ferramentas para que o trabalho de sua equipe possa ser mais produtivo.

     As características comportamentais para a liderança de grupos são habilidades que precisam ser aprendidas e praticadas para tornar-se o líder que toda empresa e equipe gostariam de ter.

Fonte: http://www.logisticadescomplicada.com/seja-o-lider-que-toda-equipe-gostaria-de-ter/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+logisticadescomplicada+%28Log%C3%ADstica+Descomplicada%29

quinta-feira, 21 de março de 2013

Veículos nacionais virão com equipamento antifurto

                                                             
   O Conselho Nacional de Trânsito prorrogou o início da instalação dos equipamentos antifurto nos veículos produzidos no país. O Diário Oficial da União desta quinta-feira (31) traz o novo cronograma que deverá ser adotado pelas montadoras. A partir do dia 30 de junho, 20% dos automóveis, caminhões, ônibus e microônibus produzidos para o mercado interno deverão ter o dispositivo.

   O novo prazo prevê que 50% dos veículos saiam de fábrica equipados em 30 de agosto de 2014 e 100% em dezembro do mesmo ano. Já os fabricantes de ciclomotores, motonetas, motocicletas, triciclos e quadriciclos têm até 28 de fevereiro de 2015 para se adequar à norma.

   O equipamento antifurto deverá ser dotado de sistema que possibilite o bloqueio e rastreamento do veículo. Caberá ao proprietário do veículo decidir sobre a habilitação do equipamento junto aos prestadores de serviço de rastreamento e localização, definindo o tipo e a abrangência do sistema.

   Chamado oficialmente de Sistema Integrado de Monitoramento e Registro Automático de Veículos (Simrav), o antifurto consiste em um chip instalado no veículo. Embora o chip seja semelhante ao de celulares, não existe número associado, nem operadora de telefonia móvel selecionada previamente. A associação a uma operadora só ocorre com o pedido do dono do veículo.

Redação: Jacy Diello
Fonte: Agência CNT de Notícias

Fonte: http://www.revistacaminhoneiro.com.br/noticias/novidades/veiculos_nacionais_virao_com_equipamento_antifurto.html

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Abaixo-assinado para uso do frete tabelado

   E aí pessoal, tudo bem?
   Recebi um e-mail esta manhã e gostaria de compartilhar com todos... É um abaixo-assinado para encaminhar para o Ministro dos Transportes para pedir que o preço do frete seja tabelado. Não tem muitas informações sobre o que se é desejado neste abaixo-assinado, mas acredito que devemos nos unir e pedir que algo seja feito, pois tudo está aumentando, porém, estão esquecendo de aumentar o valor do frete. Segue abaixo o link. Grande abraço a todos!!!

http://www.avaaz.org/po/petition/CAMINHONEIROS_PEDEM_SOCORRO_FRETE_TABELADO_JA/?cOcVtdb


Como diz o provérbio Chinês: ''Neste mundo não existe nenhuma tarefa impossível se existe persistência...''

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Renovação de frota pode reduzir custos e acidentes

                                          
   Com mais caminhões antigos em circulação, está comprovado que aumentam os índices de poluição, o número de acidentes nas rodovias, o consumo de combustível e os gastos de manutenção, entre outros fatores. A renovação dessa frota e a eficiência logística foram tema de debate nessa quarta-feira (28), em Brasília, durante o 1º Simpósio Brasileiro de Políticas Públicas para Comércio e Serviços (Simbracs).

   Moderado pelo presidente da Seção de Transporte de Cargas da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Flávio Benatti, o debate contou com a apresentação do programa da CNT RenovAr - projeto que vislumbra consolidar mecanismos econômicos, financeiros e fiscais para estimular a renovação da frota brasileira de caminhões.

   De acordo com a coordenadora de projetos especiais da Confederação, Marilei Menezes, o programa tem como uma de suas metas auxiliar principalmente os profissionais autônomos. "À medida que a frota envelhece, ela passa da mão da empresa para o caminhoneiro autônomo, que é justamente quem tem mais dificuldade para acessar o crédito e menos condições de trocar por um veículo mais novo", afirmou.

   Atualmente, 32% da frota de caminhões do país têm mais de 20 anos e 17%, mais de 30 anos. "A média de idade dos veículos dos autônomos é de 21 anos, enquanto o das empresas, 8,8 anos. Se implementado, o programa RenovAr, desenvolvido pela CNT em 2009, pretende retirar os caminhões com mais de 20 anos de circulação em até dez anos", afirmou Marilei.

   Na mesma linha, o assessor do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), Samy Kopit, esclareceu que o órgão pretende facilitar o crédito aos caminhoneiros autônomos. "Dois programas estão em discussão. Um deles é a redução da taxa de juros para aquele que entregar o caminhão antigo para trocar por um novo ou seminovo. O outro vai atuar em conjunto com futuros centros de reciclagem. O caminhoneiro que entregar o caminhão nesses locais receberá um certificado e, com isso, terá direito a um crédito diferenciado junto ao BNDES", explicou.

   Segundo ele, os projetos ainda estão em fase de discussão e não têm previsão para sair do papel. "Precisamos agir rápido para estimular essa renovação. Entre janeiro e outubro deste ano, só desembolsamos pouco mais de R$ 14,5 bilhões em financiamentos de caminhão. No ano passado, esse valor foi de R$ 22,5 bilhões. Em 2010, foram mais de R$ 24 bilhões", ressaltou, fazendo um paralelo com a redução do crescimento do PIB do país.

   Ainda durante o debate, o diretor da empresa Júlio Simões Logística (JSL), Fernando Simões, defendeu mais investimentos na intermodalidade. "Hoje o transporte rodoviário é responsável por 61% do transporte total. O governo precisa agir mais rápido se pretende equilibrar com as ferrovias e hidrovias, como já foi anunciado. Só assim para conseguirmos reduzir o custo Brasil", destacou.

Redação: Aerton Guimarães
Fonte: Agência CNT de Notícias

http://www.revistacaminhoneiro.com.br/vida_no_caminhao/o_caminhoneiro/renovacao_de_frota_pode_reduzir_custos_e_acidentes.html