quinta-feira, 31 de maio de 2012

Custos logísticos atrapalham a competitividade no Brasil

     A economia brasileira poderia ter um desempenho melhor e ser mais bem estruturada se as políticas públicas tivessem focado o investimento em vez do estímulo ao consumo.
     As fragilidades do mercado interno, o aumento da inadimplência, a piora das exportações de diversos segmentos são indicadores visíveis dessa questão.
     Três fatores, de maneira recorrente, têm sido os vilões da competitividade da produção nacional: instabilidade jurídico-institucional, tributação e deficiências de infraestrutura.
     Embora pautada pelas autoridades, há fatos e mensagens inquietantes na infraestrutura. O governo aponta na direção de estimular os investimentos privados mas os procedimentos adotados são controversos.
     Recentemente, dois fatos trouxeram à tona essa questão. O comunicado 144 do Ipea, de 19 de abril de 2011, faz judicioso diagnóstico dos pedágios rodoviários, remontando desde a primeira fase das concessões federais no período 1995-97.
 
     Ele mostra a importância de premiar a menor tarifa, induz à necessidade de se olhar o “interesse social”, levanta preocupações com o desalinho das tarifas quando a inflação cai, especialmente no longo prazo, além de outras particularidades a observar nas modelagens futuras.
     A partir de 2008, o critério passou a ser o de menor preço para o usuário, além da eliminação de adicionais. No Paraná, o resultado pode ser visto na comparação Curitiba-São Paulo (400 km), em que o novo pedágio é menor do que o de Curitiba-Paranaguá (84 km).
     Para comparar, vejamos um exemplo no setor portuário. Na licitação do terminal Tegram, em Itaqui (MA), onde os vencedores terão de fazer investimentos e dar ao governo mais 47% sobre esse valor, o impacto dos ágios nas tarifas será de 17%, além de mais 30% em tributos.
     O outro fato mencionado surgiu no evento “Governança no Setor de transportes”, do Ministério dos Transportes (8 a 10 de abril), onde as mesmas linhas de entendimento foram cristalizadas.
     Repetidamente, foi enfatizado que a sociedade paga uma infinidade de tributos para ter infraestrutura e, quando o governo privatiza, exige investimentos, ágios e, além disso, tributa tarifas e as operações dos serviços.
     No caso brasileiro, um contrassenso que mutila a competitividade sistêmica com fortes impactos na renda dos setores produtivos.
     Um resultado prático desses desencontros está no paradoxo vivido pelo setor rural. De um lado, preços ótimos e mercados favoráveis; de outro, endividamento e pobreza no campo.

 

http://www.logisticadescomplicada.com/custos-de-logstica-atrapalham-competitividade-brasil/

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Lançamento: os primeiros MANS brasileiros

     A MAN Latin America, empresa líder em vendas de caminhões no Brasil, acaba de lançar os extrapesados MAN "Made in Brazil".
     Foi dada a largada para os extrapesados da MAN Latin America. A empresa lançou os primeiros caminhões da marca MAN para o mercado brasileiro e da América Latina e produzido no País. O MAN TGX está disponível em três versões: TGX 28.440 6x2, TGX 29.440 6x4 e TGX 33.440 6x4, todos com motor MAN D26 de 12 litros e 440 cv de potência. Esses modelos colocam a montadora na disputa da categoria de extrapesados no mercado interno, acima de 400 cv de potência.
     O projeto teve investimento de cerca de R$ 100 milhões, entre estudo e desenvolvimento do produto, que demorou três anos, e na concepção de uma linha de produção separada em Resende, RJ, com capacidade para 5 mil unidades/ano, inaugurada em abril de 2010, além das despesas de lançamento. Com muito orgulho, Roberto Cortez, presidente da MAN Latin America falou que esse é um sonho que está sendo realizado. "É resultado de um trabalho que será coroado com muito êxito. Os MAN TGX com certeza serão sucessos", afirma. Os caminhões TGX começaram a ser produzidos no mês de abril, com cerca de 200 unidades. O presidente informa que o índice de nacionalização atual está em 40% e que em um ano deve chegar a 60%. Por enquanto, as cabines já vem montadas e pintadas da MAN na Alemanha, assim como os motores. A comercialização dos TGX iniciam em maio, gradativamente: o primeiro modelo disponível será o TGX 28.440 6x2, em julho chega o TGX 33.440 6x4 e em outubro será a vez do TGX 29.440 6x4. Os modelos serão vendidos no mercado doméstico brasileiro e também para os demais países da América Latina.

Fonte: http://www.revistacaminhoneiro.com.br/todo_mes/destaque/lancamento_os_primeiros_man_brasileiros.html