quinta-feira, 28 de julho de 2011

Logística? Definições e Origem!


    O termo  Logística, segundo o Dicionário Aurélio vem do francês ‘’ LOGISTIQUE’’ , sendo uma de suas definições como: ‘’a parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realização de: projeto e desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, distribuição, reparação, manutenção e evacuação de material para fins operativos ou administrativos’’.
    A logística teve origem nas organizações militares, que era a arte de movimentar exércitos. Grandes conquistadores foram inspirados, como: Júlio César, Napoleão, Alexandre – o Grande, entre outros. Um dos maiores exemplos que posso destacar aqui é o exército de Alexandre - o Grande, da Macedônia. Seu império, por volta de 376 A.C. alcançou diversos países como Grécia, Pérsia e a Índia. Ele usava engenheiros, contra mestres, equipe de estudos estratégicos, cavalaria e infantaria. Usava funções de como destruir a resistência da cidade a ser atacada.
    Alexandre montou outra equipe que seguia à frente do exército de 35.000 homens, comprando todos os suprimentos necessários e montando armazéns avançados durante todo o trajeto para atender esses soldados, que consumiam 100 toneladas de alimentos e 300.000 litros de água por dia. Graças a essa estratégia, o exército de Alexandre caminhava em média 32 quilômetros por dia, enquanto que outros exércitos deslaçavam-se apenas 17 quilômetros, pois dependiam de carros de boi para realizar o transporte de suprimentos. Deste modo, fez com que o exército de Alexandre tivesse grande vantagem perante o inimigo e chegasse a percorrer em torno de 6.400 quilômetros do Egíto à Índia.
    Durante a 2ª Guerra Mundial, em meados do século XX, a logística teve seu impulso: movimentando tropas, navios, aviões, carros e armas de combate, municões e suprimentos. Fizeram acordos e parcerias estratégicas entre países, tudo dentro de um planejamento logístico, com o intuíto de vencer o inimigo!
    A logística foi estudada sob a visão acadêmica de John Crowell, no início do século XX, onde detalhes como custos e fatores afetavam a distribuição dos produtos agrícolas.
Na década de 60, as Universidades de Ohio e Michigan ministravam cursos de graduação em logística, reconhecido pelo Governo Americano. A universidade de Harvard em 1965, introduziu o conceito de análise de custo total nas àreas da logística.
Nas décadas de 70 e 80, foram identificados os componentes dos custos de manutenção dos estoques e é apresentada uma metodologia para o seu cálculo; nas empresas americanas ocorre a implantação das diversas técnicas em logística como: MRP, Kanban e Just-in-time. Mostrando a necessidade da integração da logística com toda a empresa em geral.
    Graças as formações estratégicas dos blocos econômicos ( NAFTA, MERCOSUL, etc... ), na década de 90, a logística se consolida.
    Como sempre, o Brasil está atrasado e teve iníco na logística nos anos 70, com a adoção das técnicas pelos setores de energia elétrica e automobilístico. Foram criados Instituto  e Associação para a administração, movimentação e armazenagem de materiais.
    Surge o primeiro grupo de estudos de Logística, nos anos 80. Onde foram  trazidos do Japão os primeiros sistemas modernos de logística integrada, como: Just-in-Time e o Kanban, que foram desenvolvidos pela Toyota. Foram criados também o Paléte Padrão Brasileiro, a Associação Brasileira de Logística e a instalação do primeiro Operador Logístico no Brasil.
    Com a abertura do mercado brasileiro internacionalmente, na década de 90, a estabilidade econômica, a privatização de portos, rodovias e empresas públicas, a logística começou a tomar forma dentro das grandes, médias e pequenas empresas brasileiras.
    Hoje em dia a  logística pode ser definida como uma ciência, pois tem base de estudo, envolve cálculos e métodos, algoritmos de rotas, algoritmos de endereçamento,  modais. E por que também algumas àreas precisam ser estudadas e preparadas para resolver diversos problemas, que são pedidos, estoque e transporte. Os pedidos são de venda e compra, que dão início e fim á logística. O estoque é o intermediário, que vai balancear os pedidos de compra e de venda, tendo que gerenciar o estoque. E por fim o transporte, que cerca de dois terços do custo logística está nele, por ser ineficiênte aqui no Brasil.
    Para finalizar, ‘’as empresas compreendem que Logística é a somatória das
atividades da Administração de Materiais e a distribuição física. Neste sentido,   destaca-se que o interesse pela Logística será crescente no futuro e que seus conceitos sempre serão alvo de observação, análise e adaptação às necessidades empresariais para o incremento da eficiência, bem como para a eficácia das empresas sujeitas às constantes e aceleradas mudanças em razão dos avanços tecnológicos, das mudanças econômicas e das transformações globais’’.


 
Fontes: Cursos 24 Hrs ( Curso de Logística )

quinta-feira, 21 de julho de 2011

''Prostituição'' no Transporte Rodoviário: Mito ou Verdade?

     Bom, este é o primeiro texto que estou publicando em meu blog. Você deve estar se perguntando: a que se refere esta prostituição no transporte rodoviário? Será que é referente a mulheres que ganham a vida vendendo prazer para homens? Se você pensou nisso ou algo semelhante, está enganado! O que quero dizer aqui é que, com a facilidade e praticidade de se comprar um caminhão novo ou usado, qualquer um vai em alguma agência todo ''bonitão'', compra o caminhão sem ter ao menos noção do que é isso e cai no ‘’trecho’’. Talvez por ouvir o vizinho falar que caminhão ‘’dá’’ dinheiro, que é bom ser caminhoneiro por que você faz seu horário e não tem patrão ou talvez por que você gosta de dirigir!
     
     Acredito que não é por aí que funciona. E agora vem a justificativa para o título do texto, pois o colega após ter financiado o caminhão ( é o que geralmente acontece ), vai atrás de frete. Então começa o problema, principalmente quando se compra caminhão zero km, porque a parcela é alta ( a vantagem é que quase não dá mão-de-obra e oficina ). Você chega em uma agência de fretes para ver se tem algo pra carregar e não tem nada. Então vai a próxima... e “bom, achei algo”, carga de Rio do Sul (SC) para São Paulo (SP), 15.000 kg, por uma bagatela de R$ 1.100,00.
     
    
Como não tem outra carga e não quer ficar parado - pois como diz o ditado ‘’caminhão parado não faz frete’’ - lá vai o amigo caminhoneiro. Carrega seu truck e mãos à obra. Após longas 12 horas de viagem estando a mercê de trágicos acidentes e na mira de criminosos, chega no destino, descarrega, para no próxima posto, e agora? Milhares de agências de frete, só que com um problema: o valor do frete é ainda menor. Se você arrumar retorno por R$ 900,00 você tem que agradecer muito, porque geralmente o valor varia de R$ 700,00 a R$ 800,00 de São Paulo para Santa Catarina.

     Novamente vai ‘’dar carona pra carga’’, pois com um valor desses, é isso mesmo! Se você tiver a sorte de não estourar um pneu, dar um ''encostão'' em algum automóvel, quebrar o ‘’bruto’’, tudo bem. Porém, se qualquer coisa destas acontecer você vai estar automaticamente no prejuízo! A prostituição mesmo é visível quando  determinada empresa faz cotação de frete, na verdade, dependendo  da empresa, digamos que faz um ‘’ BINGÃO’’ do frete, liga para 20 caminhoneiros e de antemão já diz: ‘’Fulano de Tal faz esse frete pra mim por R$ 1.000,00, quanto você pode fazer?’’

     Tendo em vista que R$ 1.000,00 é o mínimo do mínimo para se cobrar, a legítima ‘’carona pra carga’’. Se o amigo caminhoneiro está com a parcela para vencer, ou já está atrasada, como não tem outra carga, ele faz por R$ 850,00, pensando que o retorno será melhor, está enganado! Vai viajar, enche o tanque do caminhão à prazo ( com o preço absurdo do diesel, até quem tem F-250 se desespera ), e pega a estrada, lá vem um pedágio, mais um.

     Daqui a pouco um infeliz policial está querendo tomar um café ( ainda existem policiais honestos, assim como poucos políticos ) e lá vai o caminhoeiro dar ‘’déiz pila’’pro café da tarde, chega na empresa e vai descarregar o caminhão, os funcionários da empresa ou até mesmo os chapas que você leva para ajudar a descarregar pedem algo para comer, novamente sobra pro caminhoneiro a cuca e o refrigerante ( para não dizer coca-cola ) pra pagar. E assim se vai indo o dinheiro do frete.

     Bom, agora é arrumar carga pra casa, acha algo, obviamente com um preço menor que da ida. Carrega e pisa fundo, só que passa dentro de um buraco e fura o pneu, se tiver sorte e não precisar jogar o pneu fora ( por que tem cada cratera nas rodovias que não é brincadeira), para numa borracharia e la se vão R$ 20,00 para dar uma remendada na câmara. Embarca no caminhão, continua a viagem, acelera e graças a Deus, chega em casa com mais uma missão cumprida. Porém, com o bolso quase vazio. Assim vai continuando até que chega um momento em que ele opta por fazer o documento do veículo ou coloca um pneu remolde, ou almoçar ou paga o pedágio.

     Amigos que acabaram de ler este texto, não quero dizer que caminhão não dá dinheiro, pelo contrário, dá muito dinheiro, mas pra quem sabe ‘’fazer contas’’,  então antes de comprar um caminhão, faça contas para ver se vale a pena, tente encaixar seu caminhão em algum frete fixo e principalmente, valorize seu trabalho, por que sem caminhão o Brasil e o mundo param...

Um abraço à todos e AQUELA PROTEÇÃO DIVINA!