terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O Transporte Ferroviário

     O transporte ferroviário tem sofrido significativas evoluções técnicas, tornando-se cada vez mais rápido, seguro, cômodo e econômico. Com a evolução, houve a criação de vagões que dão resposta à necessidade de deslocação de certas mercadorias, tais como, os vagões – frigorífico, vagões – cisterna, entre outros.
     Para o transporte de mercadorias, são fixados preços e condições que são reunidos em tabela, aos quais se dá o nome de tarifa. Os preços da tarifa variam de acordo com a distância, peso e dimensão do bem a transportar. Para comprovar o transporte, é emitido um documento, a declaração de expedição, que tem de acompanhar o expedidor até à entrega do produto ao destinatário (Comboio, [2003?]).
     A circulação de bens e mercadorias entre diferentes países obriga ao cumprimento de um agregado de formalidades. Todas as mercadorias que circulam nas diversas redes ferroviárias têm de se fazer acompanhar por um documento identificativo denominado CIM (Declaração de Expedição de Tráfego Internacional), que substitui o documento de trânsito, facilitando todo o procedimento. Quando se trata de mercadorias comunitárias apenas é necessária a fatura da mercadoria. No entanto, se as mercadorias forem extra-comunitárias, é indispensável um despacho aduaneiro.
     O transporte de mercadorias perigosas também tem associado um regulamento, o RPF (Regulamento Nacional do Transporte de Mercadorias Perigosas por Caminho de Ferro). Neste documento está descrita a informação sobre quais as mercadorias perigosas que podem ser transportadas por caminho-de-ferro no território nacional e os termos em que esse transporte pode ser realizado (Informação, 2009).
     O transporte de mercadorias pode ser dividido em quatro tipos de serviços: combinado, materiais de construção, multi cliente e outros tráfegos especializados (Serviços, 2009).
     
     Combinado
  • Contentores e caixas móveis: as mercadorias são contentorizadas e existe a possibilidade de associar o transporte ferroviário com os demais meios de transporte. Com este método não há risco de ruptura de carga nem manipulações intermédias.

    Materiais de construção
  • Areia
  • Cimento: o transporte de cimento é feito a granel, em pacote e em paletes.
  • Brita e rochas ornamentais.
  • Materiais de via-férrea: dentro desta categoria é possível transportar balastro, carril, travessas, aparelhos de mudança de via, maquinaria de construção de via.
  • Produtos cerâmicos: transporte de tijolo e telha, entre outros, em vagões – plataforma.

    Multicliente
  • Agro-industriais: transporte de cereais, rações e adubos, a granel, empacotado ou em palete.
  • Madeiras: todos os tipos de madeira e seus derivados.
  • Produtos siderúrgicos: tais como varão, malha, bobines, tubos e sucata.

     Tráfegos especializados
  • Carvão
  • Automóveis: o facto de um comboio poder ter um comprimento aproximado de 500 metros, possibilita o transporte de mais de duas centenas de automóveis de uma só vez. Para além disso, o transporte ferroviário também é utilizado no transporte de componentes necessários à indústria automóvel.
  • Minérios
  • Combustíveis: o transporte de combustíveis exige vagões e cuidados especiais visto serem produtos nocivos e explosivos. Nesta classe de produtos é possível incluir petróleo, gás, gasóleo, gasolina, resíduos, entre outros.
  • Produtos químicos: esta classe de produtos inclui todo o tipo de substâncias que, ao serem descartadas, podem apresentar efeitos nocivos para a saúde humana e/ou para o meio ambiente, quando manipuladas desadequadamente. Como exemplo, é possível transportar amoníaco, carbonato, anilina.

         Diante da situação em que nos encontramos quando saímos de carro e nos deparamos em uma BR, a primeira coisa que vem a cabeça é ´´ seria tão bom ter uma ferrovia para desenforcar um pouco essa estrada´´.

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