quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Porto de Paranaguá é pioneiro em estabelecer Logística Reversa

   A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) publicou uma ordem de serviço determinando que os materiais adquiridos pela Appa e relacionados no artigo 33 da Lei 12.305 – que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos – devem obedecer aos princípios da logística reversa.

   Isso significa dizer que produtos como agrotóxicos (seus resíduos e embalagens), pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas fluorescentes e produtos eletroeletrônicos terão que ter sistemas de logística reversa com seus fornecedores, mediante retorno dos produtos após o uso, de forma independente do serviço de coleta e destinação de resíduos sólidos.

   A lei, sancionada em agosto de 2010 e regulamentada em dezembro passado, está sendo implementada este ano e o Porto de Paranaguá é um dos pioneiros no cumprimento das definições. A logística reversa é um conjunto de ações e procedimentos que viabilizam a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial para reaproveitamento em outros ciclos produtivos.

   Dados do Governo Federal, através do Ministério do Meio Ambiente, mostram que entre 30 e 37% de todo o lixo recolhido no Brasil são resíduos secos, que podem ser reutilizados, e 55% são resíduos úmidos, aí incluído o material orgânico. Com isso, apenas de 8% a 10% é formado por rejeito realmente inaproveitável.

   De acordo com o Chefe do Núcleo Ambiental do Porto de Paranaguá, Ricardo Castilho, a implantação da logística reversa no porto vem complementar o trabalho já realizado pela Administração. Desde o início deste ano, todo o resíduo de grãos (soja, milho, farelo de soja e trigo) varrido do cais após a operação de navios é reutilizado, sem gerar qualquer custo para a Appa.

   “Quando o grão cai no chão, ele molha ou se contamina, não podendo mais ser exportado. A varredura realizada após a operação recolhe este resíduo que tem destinação correta, contribuindo com o meio ambiente e gerando economia para a Appa”, explica.

   Desde o início deste ano, a Associação dos Operadores do Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá (AOCP) é responsável por fazer a varredura do cais após a operação dos navios. O resíduo é enviado para uma empresa de Ponta Grossa que faz a compostagem deste material, usando-o como adubo para a plantação de grama.

   Antes disso, a Appa pagava para que o material orgânico de grãos fosse varrido do cais e enviado para o aterro sanitário. Após a implantação deste novo sistema, o lixo retirado da Appa – que era de 315 toneladas/mês, em média – caiu para 100 toneladas/mês, representando uma economia mensal de aproximadamente R$ 40 mil, além de contribuir com a sustentabilidade.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário